MANDALA, UM PROCESSO DE REVELAÇÃO

por  Nasaré Amado Marques

[REPOST - publicado originalmente em 2 de maio de 2018]

Nasaré Amado Marques é arteterapeuta (AARJ 619/0714), astróloga e estudiosa de Mitologia. Apaixonada por Geometria Sagrada, faz dos desenhos de Mandala seu exercício meditativo dário.  Neste texto compartilha conosco suas percepções a partir de uma produção intensa e sofisticada de desenhos em preto e branco, que podemos acompanhar pelas redes sociais. O aprofundamento na linguagem visual escolhida colabora na sua expressão que segue fortemente intuitiva.
Boa leitura. 
Flávia Hargreaves 
- Coordenadora do projeto artes.LOCUS 

 MANDALA, UM PROCESSO DE REVELAÇÃO 

por Nasaré Amado Marques

Desenho de Nasaré Amado Marques.



Tenho observado nas minhas criações de Mandalas que os ciclos internos desatam os nós, que desabrocham em símbolos e cores que pertencem ao nosso SER mais sensível e divinizado. Na produção de Mandalas, a motivação é oriunda de segmentos de sincronicidade, ativação de símbolos e entendimento de que o momento da configuração da imagem é um alinhamento com meu interior. 

Por entender que os acontecimentos externos nos afetam e nos convidam ao mergulho interno, produzindo sinais, EU OS ATENDO! Me deixo levar por imagens geradas por interceptações de linhas retas, angulações, curvas e pontos que tramam uma ordenação que me captura o olhar criando símbolos que, segundo Jung, são a própria imagem. Utilizando o desenho, deixo que suas possibilidades de expansão e desdobramentos conversem entre si e gravem um caminho. 

Por muitas e muitas vezes, aquilo que iniciou o processo só vai se tornar claro num próximo trabalho. Então, eu o deixo ali, como que uma placa de transito – qual um sinal que ainda não estou pronta para apreender. 


MANDALA, ARTETERAPIA E ASTROLOGIA 


Desenho de Nasaré Amado Marques.



Aos poucos, os ciclos, os sinais de tempo e os alinhamentos vão sendo intuídos, sentidos e percebidos. Vejo que cada parte de nosso sistema - físico, psíquico e bioquímico - que compartilhamos com o sistema planetário, tem a capacidade de fazer conexões e dar prosseguimento aos ciclos e alinhamentos tanto individuais quanto coletivos. No olhar para dentro de si e no intuir que algo está se manifestando e buscando uma forma de marcar uma presença física, me percebo com uma nova frequência vibratória. Sobre essa sensação alguns até mesmo dizem: “Estou com o mundo girando”. E é justamente essa percepção de que o movimento interior está numa sintonia que não estou alcançando que me motiva a produzir Mandalas, buscando um link com alguma parte de mim que me faça retornar o reconhecimento de que estou “em casa”. 

Percebo que meu processo criativo vem de minha necessidade vital de comungar com meus sentidos, percepções, intuição e sentimentos, conforme já mencionei. Me observo fazendo as transições operacionais internas através dos traços e movimentos da linguagem visual que são desenvolvidas e, aos poucos, identifico o propósito. 

O aprofundamento dos estudos da Arteterapia e Astrologia e o compromiso com meus processos internos, me proporcionaram o conforto de ver que o caminho estava sendo percorrido há muito tempo. O movimento já existia. Cada elemento com o qual possamos estar em conexão pela nossa condição astrológica do momento, pode ser um disparador de novas direções na produção de Mandalas. E esta conexão trabalhada com meditações dirigidas permitem um trabalho terapêutico que possibilita o nascimento de um símbolo que só ao Si mesmo pertence e que o momento da vibração elemental permite ser expressado. 


Desenho de Nasaré Amado Marques.



Através da linguagem visual que escolhemos e nos apropriamos para trabalhar nossos conteúdos trazemos aos olhos físicos a imagem interna das visões da alma, construindo o nosso dialeto particular. No meu caso, escolhi o desenho de Mandalas em preto e branco utilizando o nanquim ou o grafite sobre papel. 

Sobre os aspectos formais na construção da imagem, as curvas ascendentes são sempre meu ponto de partida, como uma lança, uma flecha ... como se jogasse uma pedra do rio .... risco a trajetória da pedra ... os círculos na água ... observo o movimento que se repete desde tempos imemoriais e me conecto com ancestrais remotos ... e as espirais virão ... Sinto a sincronicidade, a comunhão com o universo, o fechamento de um ciclo se confirmando com esta minha escrita, que é um desenho. 

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